ARPIAC - Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Entrevista a Herculano Silva

Entrevista a revista Sintra Cultural

A Associação de Reformados e Pensionistas de Agualva-Cacém apoia perto de 400 idosos. Durante 26 anos tem realizado um trabalho meritório na área social que, muitas vezes, se substitui ao próprio Estado. Conheça aqui o homem que, em regime de voluntariado, é a “cara” da instituição.
Desgastante mas gratificante”. É assim que Herculano Silva classifica o seu trabalho à frente da Associação de Reformados. Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém que conta já com 26 anos de existência. Na calha, está um novo projecto: a construção de uma cresce e infantário para cerca de 70 crianças. Vinte seis anos depois da sua fundação, a associação apoia perto de 400 idosos. Um apoio que nunca pára durante os sete dias da semana...A Associação de Reformados. Pensionistas e Idosos de Agualva-Cacém tem 3 valências: lar, centro de dia e apoio domiciliário. Nesta última valência conseguimos um acordo com a Segurança Social para prestar apoio a 65 idosos durante a semana e 10 aos fins de semana. Como é óbvio, não podemos deixar de prestar apoio a estas pessoas durante os fins de semana. É necessário fazer-lhes chegar alimentação e cuidados de higiene pessoal.


Que tipos de apoio a instituição presta a reformados, pensionistas e idosos?

Em relação ao lar, temos a viver na instituição 60 utentes. Para o centro de dia, temos protocolo para 70 utentes, mas estamos a receber 75. Vamos buscá-los e levá-los a casa ao final do dia. Aqui eles fazem as suas refeições, as suas actividades... enfim, convivem, o que é muito importante para combater a solidão.Em relação ao apoio domiciliário, trata-se de pessoas que não podem sair de casa e, por esse, motivo o apoio é ainda mais necessário e urgente. Tratamos da sua alimentação, higiene e cuidados pessoais como cabeleireiro ou pedicura. Temos, ainda, disponível um serviço gratuito de medicamento aos domicilio.

Para desenvolver o seu trabalho, a instituição conta com o apoio de terceiros?

Existe pouco mecenato, infelizmente. Temos uma grande ajuda da senhora Aires Fernando de Almeida. Depois, em alturas de festa, o Shopping do Cacém também nos manda alguns artigos. De resto, não contamos com grandes ajudas. Houve tempos em que fiz um apelo às brandes superfícies do concelho, mas nenhuma delas se mostrou disponível. Contactei, ainda, cerca de 30 farmácias para colaborarem com medicamentos, mas só duas responderam e negativamente.

E em relação à política social da Câmara de Sintra, qual a sua opinião?

Dentro das limitações das autarquias, a Câmara Municipal de Sintra tem correspondido aos nossos anseios. Claro que o ideal era que a ajuda fosse sempre maior, no entanto a Câmara nunca deixou de apoiar a instituição. E, precisamente, no dia 17 de Janeiro, altura que a ARPIAC celebrou 26 anos, o senhor Presidente Fernando Seara anunciou que a autarquia iria ajudar na criação de uma cresce e berçário para um total de 66 crianças.

Considera que a ARPIAC está a substituir-se às funções do Estado?

Exactamente. Isso tem vindo a acontecer ao longo da nossa assistência, até na assistência às nossas funcionárias. Por exemplo, a nossa médica acaba por prestar apoio a funcionárias, para que não percam horas de espera em centros de saúde.Organizamos, também, ATL’s para crianças filhas de funcionárias, durante o mês de Agosto, aqui nas instalações da instituição, a preços simbólicos.

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